
A conquista da Eurocopa em 2008 pela Espanha não atingiu diretamente a Holanda, mas a deixou “sozinha” com um estigma nada agradável: a de que nada, nada... e morre na praia. Sobretudo após goleadas sobre Itália e França, na primeira fase, até ser eliminada pela Rússia nas quartas de final da competição.
É exatamente nessa mistura de otimismo com a boa fase da seleção e com certa desconfiança na qual se encontra o povo holandês. Apesar de não marcar gols nos últimos cinco jogos, sendo os três recentes empates por 0 a 0, a equipe do técnico Bert van Marwijk não sabe o que é perder desde setembro de 2008, ou há 16 jogos, em um amistoso diante da Austrália. A grande qualidade e até dependência é o setor ofensivo, com destaque para o trio Sneijder, Robben e Van Persie.
O problema é que as estrelas, assim como os “descartáveis”, sofrem constantemente com lesões, o que põe em risco qualquer ambição em alcançar as fases finais do Mundial. A torcida, no entanto, espera ao menos uma campanha melhor do que a de 2006, quando foi eliminada por Portugal nas oitavas de final.
DINAMARCA

O Grupo 1 das eliminatórias europeias era visto como barbada nas casas de apostas. Portugal, de Cristiano Ronaldo, e a Suécia, de Ibrahimovic, largavam, na teoria, alguns passos à frente da Dinamarca, que esteve ausente na Copa do Mundo de 2006 e na Eurocopa de 2008. Mas a seleção escandinava surpreendeu e se classificou de forma direta e antecipada, jogando os lusos para a repescagem.
A campanha, no entanto, não teve grandes atuações coletivas. A aposta de um bom mundial consiste nos talentos individuais dos atacantes Nicklas Bendtner, do Arsenal, Jon Dahl Tomasson, do Feyenoord, e do zagueiro Daniel Agger, do Liverpool. O jovem dos Gunners, inclusive, está a dois gols de se tornar o maior artilheiro da história da Dinamarca, e é apontado como imprescindível no esquema do técnico Morten Olsen.
JAPÃO

Há três anos no Japão, no comando do Kashima Antlers, o técnico Oswaldo de Oliveira define a seleção local como “rápida e habilidosa”. Após uma classificação sem muitos problemas nas eliminatórias, a equipe japonesa quer apagar a má impressão deixada na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, quando saíram ainda na primeira fase em um grupo com Brasil, Austrália e Croácia sem ganhar uma partida sequer.
No Grupo A das eliminatórias asiáticas, o Japão viu a Austrália terminar na frente. Em 14 jogos, foram oito vitórias, quatro empates e duas derrotas, uma para os australianos e outra para o Bahrein.
O técnico Takeshi Okada tem no brasileiro naturalizado japonês Marcus Túlio Tanaka seu homem de confiança na zaga. Do meio para frente, é um time rápido, mas que carece de um goleador. O meia Nakamura, do Espanyol, continua como referência da equipe.
CAMARÕES

Samuel Eto'o tem uma honra que nenhum outro jogador de futebol na história jamais teve: seu rosto é o símbolo oficial de uma Copa do Mundo. A própria Fifa admitiu que se inspirou no camaronês para criar o logo do primeiro Mundial em terras africanas. E se é ele quem estampa o convite, nada mais justo do que ser um dos principais convidados da festa.
Eto'o é daqueles poucos jogadores que chegarão à África do Sul carregando um país inteiro nas costas. Camarões deposita nos pés dele todas as esperanças de reviver seus grandes momentos na Copa do Mundo.
Ao seu lado, terá companheiros experientes, como o ótimo goleiro Kameni, o habilidoso meia Geremi (ambos campeões olímpicos em 2000) e o atrapalhado zagueiro Rigobert Song (já com três Mundiais no currículo). Os quatro formam a base da seleção há quase uma década. Juntos, levaram Camarões ao título continental de 2002 e ao vice na última edição, em 2008. Já fizeram muito, mas costumam sempre deixar aquela sensação de que podem ir mais longe. Especialmente nas Copas do Mundo.
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